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COBRASIL

      A região de Itajaí é assolada em 1911 por outra grande enchente, fato que desencadeou em 1912 o início das obras de correção da entrada da barra pela COBRASIL; empresa que construiu uma estrada de ferro do lado de Itajaí e outra no lado de Navegantes, onde locomotivas transportavam vagões carregados de pedras extraídas da atual localidade de Pedreiras. Um rebocador chamado Iolo completava o trabalho lançando as pedras nos locais adequados para a formação dos molhes da barra. Em 1928 o trabalho de perfuração das pedras para serem dinamitadas que era feito manualmente em Pedreiras, necessitou de energia elétrica para agilização. A companhia construtora fez contato com a Empresa Força e Luz e, através de um cabo aéreo, a eletricidade chegou à margem esquerda do rio, em Navegantes. Homenageando a vocação marinheira, natural dos habitantes do povoado de Santo Amaro e, a devoção dedicada a Nossa Senhora dos Navegantes, em 17 de dezembro de 1912, pela Resolução de nº189, o Arraial passa a chamar-se Bairro de Navegantes.

      Até 1946 o ensino escolar no bairro era mantido pela municipalidade de Itajaí, na Escola Mista do Bairro Nossa Senhora dos Navegantes, ano em que pelo Decreto nº3672, o interventor federal do Estado de Santa Catarina, cria o Grupo Escolar Profª Júlia Miranda de Souza. O estabelecimento inicia atividades no antigo escritório da COBRASIL, ocupando depois a casa de Dona Chica Emídio e posteriormente em 1949, passa a ocupar a sede da Colônia de Pescadores. Somente em 1955, por ato do então governador Irineu Bornhausen, o grupo escolar ganha uma sede oficial, em terras cedidas pelo Sr. Annibal Gaya, onde ainda está instalado, como centro irradiador de cultura.Como bairro de Itajaí, Navegantes, apesar de fazer parte do perímetro urbano, pela situação geográfica, vivia em relativo abandono. As estradas eram precárias e estruturadas em areia e fragmentos de pedras brutas, aproveitadas dos resíduos deixados pelos trabalhos da COBRASIL.

      O cemitério que havia sido construído pelo povo em 1931, não recebia manutenção da prefeitura e, em épocas de chuvas mais intensas, a rede de valas que drenavam o bairro, transbordavam, abrindo verdadeiras crateras, devido a grande extensão, nas principais vias de acesso, onde permaneciam por meses seguidos sem receber os consertos indispensáveis. As ruas praticamente não tinham iluminação e, a qualidade da luz elétrica fornecida às residências era de baixa potência. A população menos esclarecida levava suas queixas às lideranças políticas do bairro, e estes, aos prefeitos de Itajaí, que pouco se sensibilizavam com a situação.

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